segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Aviso e Tostão


Olá amigos!

Estou em semana de provas, e por isso o blog está um pouco desatualizado. Em cerca de uma semana, volto a publicar textos com frequência. Já tenho alguns quase prontos.

Hoje, para não perder o costume, uma coluna do ex-craque Tostão.

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É injustificável uma Copa do Mundo ser jogada com uma bola que a maioria dos goleiros, defensores e atacantes, não gostam. Só os que têm contrato de publicidade com o fabricante elogiaram a bola. Seria como se um grande pianista tocasse em um dos grandes teatros do mundo com um piano que ele não gostasse.

Nos treinos em Johanesburgo, o Brasil se preparou para jogar contra a Coreia do Norte. A equipe marcou por pressão, o que raramente faz, e os reservas atuaram com duas linhas bastante recuadas de quatro jogadores, como jogam os coreanos. Hoje, contra a seleção do Zimbábue, o Brasil deve repetir a estratégia.

Se a Seleção, em vez de viajar e fazer dois amistosos contra fraquíssimos adversários, repetisse os ótimos e intensos treinos que tem feito, seria melhor tecnicamente, os jogadores ficariam mais descansados e correriam menos riscos de contusões. Mas a rica CBF só pensa em faturar.

Ouço muito aqui em Johanesburgo que as seleções de 1994 e a atual são bastante parecidas. Não vejo dessa forma. As seleções se parecem apenas na presença de dois volantes marcadores. Gilberto silva faz a mesma função de Mauro Silva, e Felipe Melo, a mesma de Dunga.

O estilo da Seleção de 1994 era mais lento, de mais posse de bola e de mais troca de passes no meio-campo, esperando o momento certo para tentar a jogada decisiva. O estilo do time atual é mais contra-ataques rápidos.

Não havia, em 1994, um meia de ligação como Kaká. Os meias Raí (depois Mazinho), pela direita, e Zinho, pela esquerda, atuavam pelos lados, formando dupla com os laterais. Na Seleção Brasileira atual, apenas Elano faz dupla com Maicon.

Não foi Dunga quem mudou forma de jogar da Seleção. Foram os técnicos, durante décadas. Com a globalização, o futebol brasileiro incorporou a forma de jogar dos europeus. Querem transformar o futebol em um jogo essencialmente pragmático e programado. Diminuíram muito os dribles e as trocas de passes.

Diminuiu a fantasia, mas o futebol arte não morreu. Quem tem talento joga bonito. É lindo ver um drible desconcertante de Robinho. O contra-ataque, como tem feito o Brasil, iniciando com as arrancadas de Kaká, também é bonito.

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Uma dica, vejam os outros artigos do blog, principalmente os mais antigos, pois penso que até hoje ninguém os leu, e foram dos que mais caprichei.

Um abraço,

Cristiano Costa.

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