segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um vovô abusado



Olá amigos!

Estou há um tempo sem postar porquê estou viajando, e fui ao evento beneficente entre os amigos de Messi contra os amigos de Deco.

E então, encantei-me com Rivellino e lhe fiz esta humilde crônica sobre um lance que ele fez durante a partida.

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Foi no dia 18 de julho, em um domingo de sol escaldante na pacata cidade de Indaiatuba, situada no interior de São Paulo. A partida era beneficente, um amistoso entre os amigos de Deco e a seleção do resto do mundo.

Por volta dos 20 minutos da segunda etapa, um jogador do time de camisas azuis driblou "seco" um zagueiro da equipe de vestimenta branca, e lançou um pouco forte para a ponta-esquerda; um idoso de barriga saliente que entrara há pouco corria desengonçado, devagar e com as pernas arqueadas, bem como se estivesse pulando. A multidão ria com aquele senhor de cabelos grisalhos esforçando-se para chegar à bola, aparentemente sem sucesso. E então, o senhor chegou na bola e a dominou com categoria; Olhou para a arquibancada, com certa raiva pelo estádio que lhe debochava. Mandou-se à direção da área: perto da linha de fundo, viu-se de cara com um zagueiro alto, forte, no esplendor de sua pouca idade, fazendo uma cara com certo ar de deboche. E então, o vovô pegou a bola com sua canhota, e a segurou com a perna na direção da linha de fundo - o zagueiro foi em direção à ele cheio de confiança. Daí, o velho craque cortou para dentro como num passe de mágica, com a posse da bola, tudo isso em poucos instantes. A redonda teve o capricho de passar debaixo das pernas do jovem rapaz, que caiu sentado - era o "elástico".

Depois, tocou para dentro da baliza e seu companheiro isolou para fora do estádio. Em seguida, rodou suas pupilas em direção da arquibancada - aquela que há pouco o caçoava, agora aplaudia-lhe de pé, boquiaberta - e mandou um sinal de joia, como se dissesse: "Eu mando neste campo, não tentem roubar-me a bola".

O restante do jogo não teve muita emoção nos outros lances, mas a jogada daquele vovô chamado Rivellino valeu-me a tarde e o ano.

Um abraço,

Cristiano Costa.

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