domingo, 9 de maio de 2010

Balanço da 1° Rodada do Brasileirão


Findada a primeira rodada, é possível dizer que ela esteve nas minhas expectativas, que não eram altas. Antes de começar a rodada, no sábado à tarde, imaginei: Botafogo e Santos deve ser um jogão, assim como Inter e Cruzeiro e Atlético-MG e Vasco. De resto, eu não tinha muita esperança de poder assistir uma bela partida de futebol.

E, no sábado, escolhi o Botafogo x Santos. Acabou sendo o melhor jogo da rodada.

O Botafogo, ao contrário do que os críticos dizem, me parece ser uma equipe competitiva. Não boa, mas competitiva. O elenco é fraco, tem apenas 4 jogadores, no máximo, da melhor safra brasileira.

Mas os outros são raçudos, esforçados.

Aos 5 minutos, Túlio Souza cobra escanteio, bate rebate na área, Fábio Ferreira chuta e Antônio Carlos cabeceia perfeitamente. É interessante notar como os zagueiros do Botafogo vão para frente cabecear. Além deles, geralmente ficam os 2 atacantes e 3 meias na área. Com isso, 7 jogadores vão cabecear na baliza adversária, e a defesa fica desprotegida. Se toma um contra-ataque, já era.

Por enquanto, essa fórmula vai dando resultado, mas duvido que dará certo até o final do campeonato.

O Santos, pelo contrário, não praticou um futebol bonito (muito por usar um time misto). O primeiro gol, em envolvente troca de passes, mascarou o fato. A peça chave santista, hoje, depois das estrelas PH Ganso e Neymar, é Marquinhos. É interessante notar a maneira com que ele pega na bola. Um craque.

Foi ele quem deu o passe para Neymar fazer o seu, depois de passe, de Alex Sandro, o melhor santista da partida.

2 minutos depois, Alex Sandro desarma Alessandro, passa para Marquinhos, que tenta meter pro Madson. Somália desvia na bola, e ela cai nos pés do matador André, que põe nas redes.

O empate botafoguense saiu 15 minutos depois, com Antônio Carlos, depois de excelente passe de Renato Cajá.

O Santos foi superior na primeira etapa. Na segunda, o Botafogo jogou melhor.

E vieram mais 1 gol para cada equipe, de Zé Eduardo e Herrera.

Terminado o jogo, fiquei com a impressão de que o Botafogo merecia vencer. Mas o futebol não é justiça, e o jogo terminou empatado em 3 x 3.

Já no domingo, decidi ver o meu timão em ação: Corinthians x Atlético Paranaense.

O jogo foi, sem dúvidas, de ataque contra a defesa. Poucas vezes o Atlético ameaçava. Quando tentava, cavava uma falta ou dava um chute de longe para a torcida.

Numa dessas simulações de falta, Wagner Diniz cobrou, e Felipe falhou. Esse gol me lembrou o da Portuguesa contra o mesmo Corinthians.

Em que pese o fato de o juiz ter claramente prejudicado o time paranaense, o Corinthians aproveitou ainda mais os espaços no segundo tempo. Souza foi o melhor da partida, fazendo bom papel de pivô, e mostrando qualidade nos passes e, pasmem, nas finalizações. Foi ele quem abriu o placar para o timão, em chute da risca da área no cantinho, sem chances de defesas para o ótimo Neto. Concentrando seus ataques pela esquerda, o Corinthians continuou pressionando, até que Souza, o craque, cavou um pênalti para Ronaldo cobrar. Ele, que teve uma melhora significativa neste jogo, virou o jogo.

O Atlético até que tentou empatar, trocando um volante por um atacante, mas o Corinthians não deu espaços e continuou o bombardeio. No fim do jogo, foram 30 finalizações para o Corinthians.

Mais tarde, vi Ceará x Fluminense. Péssima escolha. Um dos piores jogos que já vi. Cadenciado, com muitas faltas, o futebol do Fluminense que me desencantou. É um futebol de velhos, sem chutes a gol e poderio ofensivo. Parabéns Muricy Ramalho. Você está fazendo um ótimo trabalho.

O Ceará me pareceu um candidato ao rebaixamento, embora não me pareça ser o pior time do campeonato. Geraldo se destaca, mas também gostei muito de Misael. O juiz ao contrário do que dizem os jogadores do Fluminense, não pendeu para nenhum lado. Teve uma boa atuação. Rafael se adiantou na cobrança de pênalti, e o árbitro mandou repetir para Geraldo dessa vez marcar o gol. Lédio Carmona, com péssimos comentários nessa partida, disse que as regras são muito rígidas.

Depois veio explicar que "o futebol com gols tem que ser prejudicado pelas regras, e não beneficiado". Lógico, em outras palavras, mas essa foi minha interpretação. Para mim, as regras estão perfeitas. Tem que beneficiar os jogadores de linha, e não os goleiros.

Quanto ao jogo, acho que, em meio a nenhum futebol jogado, o Ceará foi quem melhor fingiu estar jogando bola.

E esses foram os 3 jogos que vi nessa rodada.

Dos 3, gostei mais de Botafogo e Santos, depois Corinthians e Atlético, e por último Ceará e Fluminense.

Eis a classificação e alguns números da rodada:

Classificação:

1 - Avaí
2 - Atlético MG
2 - Corinthians
2 - Cruzeiro
5 - Ceará
5 - Guarani
5 - Palmeiras
8 - Santos
9 - Botafogo
10 - São Paulo
11 - Flamengo
12 - Atlético GO
12 - Grêmio
14 - Atlético PR
14 - Internacional
14 - Vasco
17 - Fluminense
17 - Goiás
17 - Vitória
20 - Prudente

Resultados:

- Palmeiras 1 x 0 Vitória
- Botafogo 3 x 3 Santos
- Atlético GO 0 x 0 Grêmio
- Corinthians 2 x 1 Atlético PR
- Atlético MG 2 x 1 Vasco
- Internacional 1 x 2 Cruzeiro
- Flamengo 1 x 1 São Paulo
- Avaí 6 x 1 Prudente
- Ceará 1 x 0 Fluminense
- Guarani 1 x 0 Goiás

Quantidade de gols marcados:

- 27

Média de gols por partida:

- 2,7

Resultado mais repetido:

- 1 x0 e 2 x 1.

Média de público:

- 10,6 mil por partida

Cartões amarelos:

- 39

- 1,95 por equipe

Cartões vermelhos:

- 8

- 0,4 por equipe

Seleção da rodada das partidas que eu vi:

Goleiro:

- Rafael, do Fluminense.

Zagueiros:

- Antônio Carlos, do Botafogo.
- Chicão, do Corinthians.

Lateral direito:

- Mariano, do Fluminense.

Lateral esquerdo:

- Roberto Carlos, do Corinthians

Meio de campo:

- Geraldo, do Ceará.
- Elias, do Corinthians.
- Michel, do Ceará.
- Wesley, do Santos.

Atacantes:

- Souza, do Corinthians.
- Ronaldo, do Corinthians.

Técnico:

- Mano Menezes, do Corinthians.

Um abraço a todos!

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