quinta-feira, 15 de abril de 2010

Palmeiras 1 x 0 Atlético Paranaense



Nos primeiros 20 minutos, o jogo foi de fato de domínio palmeirense.

O Palmeiras não vinha repetindo as más atuações dos últimos jogos, e jogava bem, oprimindo o adversário no campo de defesa. Márcio Araújo, muito versátil foi para a lateral direita e ia bem, com Figueroa deslocado para o meio-de-campo, com a função de substituir Cleiton Xavier.

É certo afirmar que Figueroa às vezes esqueceu que estava jogando no meio, e ia muito para a direita. Porém, isso até que estava dando resultado. Figueroa e Márcio Araújo faziam boas jogadas pelo lado direito, embora o Palmeiras concentrasse seus ataques pelo meio.

Márcio Araújo estava fazendo uma bela partida. Ia bem à frente, com eficiência, cruzando muito bem. O mesmo não se aplica a Diego Souza, novamente apagado. Pouco pegou na bola.

Em uma dessas jogadas pela direita, Figueroa recebeu a bola, tocou para Robert, que fez uma tabelinha excepcional com Edinho. Era clara a cara de surpresa quando Robert percebeu o presente que Edinho lhe deu: atraiu a marcação para a direita, e percebeu a passagem do atacante palmeirense, então lhe deu um fantástico passe, meio de letra, meio de calcanhar. Robert chutou cruzado, na lateral da rede. 1 a 0 aos 14 minutos.

Depois do gol, o Palmeiras continuou o ritmo depois por mais 5 minutos.

Mas aí, o Atlético Paranaense começou a mostrar a criatividade que outrora lhe faltava. Paulo Baier vinha fazendo uma boa partida, o melhor rubro-negro do jogo. Aliás, gostaria de registrar que acho Paulo Baier um craque injustiçado. Ele é diferenciado na maneira como pega na bola.

E, aos 24', ocorre uma sequência de lances inusitados. Paulo Baier tem falta perigosa para cobrar, bate e Marcos manda para escanteio. E então, o Atlético tem um escanteio. Paulo Baier faz 4 cobranças seguidas de escanteio simplesmente idênticas, todas fechadas com Marcos espalmando para escanteio. Até que, na quinta, ele põe a bola por cima da rede.

Fica um pesar ao árbitro, que não sabia as regras que permitem que a bola pode ficar toda fora da linha de escanteio, desde que ao menos um gomo esteja dentro. Ele não sabia e deu amarelo para Baier.

Depois, o jogo passa a virar um ringue de boxe. Como o futebol está ficando violento, como diz Michel Laurence! Se foi uma sequência de escanteios, agora era uma sequência de faltas. Com 29', o excelente Manoel acerta Lincoln, que se joga dentro da área. Polêmica, mas acho que não foi falta mesmo.

Passados 30', Edinho comete uma falta boba, mas que não era para amarelo, porém o juiz o pune. 31', Robert sente ciúmes de Edinho e também recebe um amarelo. Márcio Azevedo, aos 32', comete falta dura em Edinho, essa sim para amarelo. Mas não recebe.

O outro Márcio, agora o Araújo do Palmeiras, faz uma falta aos 33'. E então, parece que os jogadores dão uma acalmada.

Dois minutos depois, outra cobrança de escanteio idêntica de Paulo Baier. Dessa vez, o árbitro marca falta em Marcos.

O jogo foi com o Palmeiras nas bolas baixas, e Atlético Paranaense, ou melhor, Paulo Baier jogando a bola para a área ao atacante Javier Toledo, de 1,90m.

Depois de alguns escanteios para cá e faltas para lá, Robert quase deixa sua marca pela segunda vez no jogo. Aos 41', Figueroa cobra escanteio, o artilheiro palmeirense desvia de cabeça, e o goleiro Neto torce para a bola não entrar.

Ainda daria tempo de Chico receber um amarelo, e o juiz terminar o primeiro tempo.

A primeira etapa foi de claro domínio palmeirense, que apresentava um melhor futebol, com bola rolando, no chão. O lado direito do time verde, com Márcio Araújo e Figueroa, vem se sobressaíndo às costas do ofensivo lateral esquerdo atleticano Márcio Azevedo. O Atlético Paranaense, por sua vez, apresenta algum perigo com Paulo Baier, nas bolas paradas, sobretudo nas cobranças de escanteio. O árbitro estava mal, claramente sem o controle do jogo, distribuindo muitos cartões amarelos, mas sem coragem para expulsar alguém.

Já no segundo tempo, o Atlético Paranaense equilibrou a partida. Seria muito bom conseguir um gol fora de casa. Diego Souza melhorou, quando recuou um pouco. Também foi visível o recuo de Márcio Araújo, para conter os avanços de Azevedo. Manoel, do Atlético Paranaense vinha se destacando, mostrando um fôlego invejável.

Mas uma coisa não mudou: a violência. Logo aos 9', Lincoln faz uma falta e recebe amarelo.

Depois dos 10', o jogo começou a ficar muito monótono; não havia emoção, pois o Palmeiras voltou a equilibrar o jogo, deixando a bola presa no meio-de-campo.

Vale destacar a boa partida que Pierre fez, desarmando e chegando para finalizar, quase fazendo um belo gol. E negativo a atuação de Armero, ponto nulo em campo.

Depois, o Palmeiras, que estava jogando pelo chão, começou a apelar para as bolas aéreas. Se Paulo Baier botava bola na área, Lincoln fazia o mesmo.

E, aos 34', Baier manda de novo pra área, Rhodolfo acerta cabeçada certeira, e Marcos faz um milagre, como nos velhos tempos. Uma das defesas mais espetaculares do ano, certamente. Esse é São Marcos!

Já no final do jogo, com 40 minutos, Paulo Baier é expulso injustamente. O árbitro foi na onda da torcida. Pode parecer que não, pela expulsão, mas na minha opinião ele foi o melhor do Atlético Paranaense.

Depois da expulsão, o verdão começou a tocar a bola sem objetividade, esperando o tempo acabar.

Vitória justa por parte do Palmeiras, embora tenha passado dificuldades em certos momentos.



Dados:

Resultado final: Palmeiras 1 x 0 Atlético Paranaense.

Estádio: Palestra Itália, em São Paulo.

Público: 20.269.

Escalação Palmeiras: Marcos; Márcio Araújo, Danilo, Léo e Armero; Pierre, Edinho, Figueroa (Marquinhos), Diego Souza e Lincoln (Paulo Henrique); Robert (Ewerthon).

Escalação Atlético-PR:
Neto; Manoel, Rhodolfo e Chico; Raul (Patrick), Valencia, Alan Bahia, Paulo Baier e Márcio Azevedo; Javier Toledo (Fransergio) e Netinho (Marcelo).

Cartões amarelos: Alan Bahia, Chico, Paulo Baier, Edinho, Robert e Lincoln.

Cartão vermelho: Paulo Baier.

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique.

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